quinta-feira, 18 de julho de 2013

Determinação da Matéria Orgânica do Solo

Olá senhores, segue abaixo o método de determinação de matéria orgânica do solo. Qualquer dúvida entre em contato conosco pela página e/ou grupo do facebook.



Carbono Orgânico ( Matéria Orgânica)

Princípio:

Oxidação da matéria orgânica via úmida com dicromato de potássio em meio sulfúrico, empregando-se como fonte de energia o calor desprendido do ácido sulfúrico e/ou aquecimento. O excesso de dicromato após a oxidação é titulado com solução padrão de sulfato ferroso amoniacal (sal de Mohr).

Procedimento:

• tomar aproximadamente 20 g de solo, triturar em gral e passar em peneira de 80 mesh;

• pesar 0,5 g do solo triturado e colocar em erlenmeyer de 250 mL;

• adicionar 10 mL (pipetados) da solução de dicromato de potássio 0,4 N. Incluir um branco com 10 mL da solução de dicromato de potássio e anotar o volume de sulfato ferroso amoniacal gasto;

• colocar um tubo de ensaio de 25 mm de diâmetro e 250 mm de altura cheio de água na boca
do erlenmeyer, funcionando este como condensador;

• aquecer em placa elétrica até a fervura branda, durante 5 minutos;

• deixar esfriar e juntar 80 mL de água destilada, medida com proveta, 2 mL de ácido ortofosfórico e 3 gotas do indicador difenilamina;

• titular com solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1 N até que a cor azul desapareça,
cedendo lugar à verde;

• anotar o número de mililitros gastos.

Cálculo:

C(g/kg) = (40 – volume gasto) x f x 0,6

f = 40 / volume de sulfato ferroso gasto na prova em branco

A percentagem de matéria orgânica é calculada multiplicando-se o resultado do carbono orgânico
por 1,724. Este fator é utilizado em virtude de se admitir que, na composição média do húmus, o
carbono participa com 58%.

Matéria Orgânica (g/kg) = C(g/kg) x 1,724

Observação: para teores > que 2% de carbono, pipetar quantidades crescentes de dicromato de
potássio: 20,30,40 ou 50 mL até que a coloração da solução permaneça amarela, sem traços de
verde. Proceder à fervura e, após esfriar, diluir a solução de 1:5, ou seja, para volumes de 100. 150.
200 e 250 respectivamente. Pipetar 50 mL, diluir com água e titular com sulfato ferroso; aplicar a
expressão indicada para o cálculo do carbono, uma vez que a alíquota corresponde a 10 mL da
solução de dicromato de potássio.

Para as amostras em que os 50 mL da solução de dicromato de potássio são insuficientes para
oxidar toda a matéria orgânica, usar 0,25 g de solo.

Em caso de solos salinos, adicionar um pitada de sulfato de prata após a adição de dicromato de
potássio.

Reagentes:

Solução de K2Cr2O7, 0,4 N em meio ácido – dissolver 39,22 g de K2Cr2O7 p.a. (previamente seco
em estufa em 130 ºC por uma hora) em 500 mL de água contida em balão aferido de 2L. Juntar uma
mistura já fria de 1000mL de ácido sulfúrico concentrado e 500 mL de água. Agitar bem para
dissolver todo o sal, esfriar e completar o volume do balão com água.

Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1 N – dissolver 40 g Fe (NH4)2 (SO4).6H2O cristalizado, (sal
de Mohr) em 500 mL de água contendo 10 mL de ácido sulfúrico concentrado. Agitar e completar
para 1L.

Difenilamina (indicador) – pesar 1 g de difenilamina e dissolver em 100 mL de ácido sulfúrico
concentrado.

Sulfato de prata (catalisador) – utilizar o sal puro (Ag2SO4)

Ácido ortofosfórico (H3PO4) concentrado (85%) p.a. - usar concentrado.

Equipamentos:

Bureta digital
Agitador magnético


Referências:

Brasil (1949); Donahue (1952); EMBRAPA (1979); Frattini e Kalckman (1967); Jackson (1958);
Schollenberger (1927, 1945); Verdade (1956); Vettori (1969); Walkley (1934, 1946).


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segunda-feira, 15 de julho de 2013

DETERMINAÇÃO DE pH DO SOLO

Olá senhores, segue abaixo um dos métodos científicos mais utilizados para a determinação de pH do solo, bem como, procedimento e materiais necessários para a análise: 
Logo teremos mais postagens, fique ligado!



Análise do pH do Solo (H2O, KCl, CaCl2)

Princípio:
Medição do potencial eletronicamente por meio de eletrodo combinado imerso em suspensão
solo:líquido (H2O, KCl, CaCl2), 1:2,5.

Procedimento:
• colocar 10 mL de solo em copo plástico de 100 mL numerado.
• adicionar 25 mL de líquido (água, KCl 1N ou CaCl2 0,01 M)
• agitar a amostra com bastão de vidro individual e deixar em repouso uma hora.
• agitar cada amostra com bastão de vidro, mergulhar os eletrodos na suspensão
homogeneizada e proceder a leitura do pH.

Reagentes:
• solução de KCl 1N – dissolver 74,5 g de KCl em água e elevar a 1 L.
• solução padrão de CaCl2 M – pesar 174g de CaCl2 2H2O para 1 L de solução. Agitar, deixar
esfriar e completar o volume.
• solução padrão de CaCl2 0,01 M – diluir 10 mL do padrão para cada litro de solução. Medir
a C. E. desta solução, que deve ser da ordem de 2,3mS/cm.
Equipamento:
Potenciômetro com eletrodo combinado.

Observação:
Ligar o potenciômetro 30 minutos antes de começar a ser usado.
Aferir o potenciômetro com as soluções padrão pH 4,00 e pH 7,00.
Trabalhando em série não é necessário lavar os eletrodos entre uma e outra amostra, mas é
indispensável antes e depois de aferir o aparelho com as soluções padrão. Para horizonte sulfúrico
ou material sulfídrico (solo tiomórfico) usar a suspensão, solo:água 1:1.

Referências:
Embrapa (1979); Fassbender (1975); Jackson (1958); Peech (1965); Schofield e Taylor (1955);
Vettori (1969).

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Análise do solo

                                
                       Bom a final você deve-se perguntar o que é Análise do Solo!

  
      
            Essa é uma dúvida muito frenquente. Análise de solo é uma espécie de exame médico feito no solo, a fim de saber quais as suas propriedades físico-químicas, como o Ph, quantidade de matéria orgânica, NPK, etc. A partir da análise de solo é possível saber qual a quantidade de cada nutriente presente em determinada área.
          Com o conhecimento das características do solo fica fácil saber quanto de adubo aplicar e em que lugar, garantindo a uniformidade nutricional do solo.
          A adubação, mesmo sob os resultados da análise, varia de cultura para cultura, pois, cada cultura tem uma axigência nutricional diferente, ou seja, não basta fazer uma análise e jogar o adubo, é preciso conhecer a cultura que será cultivada.
         No fim das contas, se uma análise de solo for bem feita, a calagem e adubação bem incorporadas e o produtor conhecer a cultura que irá cultivar no final ele terá uma colheita de sucesso, alcançando as metas previstas.