quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Determinação Alumínio,Cálcio e magnésio trocáveis

DeterminaçãoAlumínio trocável


 Princípio
Extração com solução KCl 1 mol L-1 e determinação volumétrica com solução diluída de NaOH.

Procedimento
Em uma das duas alíquotas de 50 mL obtidas na extração com KCl 1 M, adicionar 3 gotas do indicador azul de bromotimol e titular com solução de NaOH 0,025 1 mol L-1 , até a coloração verde-azulada persistente.
Observação:
O KCl, por ser um sal derivado de ácido e base fortes, dispensa a prova em branco sistemática. O sal sendo de boa procedência, deverá virar o azul de bromotimol após a adição da primeira gota de NaOH. O Ca+++ Mg++ são determinados na alíquota após a determinação de Al+++. No caso de solos ricos em matéria orgânica, a determinação espectrofotométrica por absorção atômica é mais indicada, visto que os íons hidrogênio dissociados durante a extração com KCl são também dosados no método volumétrico.
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Cálculo
Al trocável (cmolc/kg) = mL NaOH
Reagentes
Indicador azul de bromotimol - pesar 0,1 g do indicador, colocar em gral de quartzo e adicionar 1,6 mL de NaOH 0,1 mol L-1. Triturar até a dissolução completa. Caso a cor verde desapareça, adicionar algumas gotas de NaOH. Passar o resíduo para balão de 100 mL e completar o volume com água.
Solução de NaOH 0,025 mol L-1 - pipetar 25 mL da solução molar de NaOH para balão aferido de 1 litro, completando o volume com água.

 Equipamento
Bureta digital.




Cálcio e magnésio trocáveis

Princípio
Extração com solução KCl 1 mol L-1 e determinação complexiométrica em presença dos indicadores negro de eriochromo e murexida ou calcon.

Procedimento
· No erlenmeyer, onde foi feita a titulação do Al+++ trocável, adicionar 1 gota de água de bromo para destruir o azul de bromotimol .
· Adicionar 6,5 mL do coquetel tampão e 4 gotas do indicador eriochrome black e titular, imediatamente, com a solução de EDTA 0,0125 mol L-1, até viragem da cor vermelho-arroxeada para azul puro ou esverdeada (com esta titulação são determinados conjuntamente (Ca++ e Mg++).
· Anotar o volume de EDTA gasto.

Cálculo
Ca++ + Mg++ (cmolc/kg) = mL EDTA

Reagentes
Coquetel tampão: solução tampão pH 10 - dissolver 67,5 g de NH4Cl em 200 mL de água e colocar em balão aferido de 1 litro. Adicionar 600 mL de NH4OH concentrado, 0,616 g de MgSO4.7H2O e 0,930 g de EDTA, sal dissódico. Agitar bem até dissolver e completar o volume. Verificar a “neutralidade” da solução em relação ao EDTA e ao
magnésio, colocando 50 mL de água em erlenmeyer de 125 mL, 3 mL da solução tampão e 4 gotas de negro de eriochromo; a cor avermelhada deverá virar para azul puro pela adição de uma gota do EDTA 0,0125 M. Misturar 300 mL da solução tampão pH 10 com 300 mL de trietanolamina e 50 mL de cianeto de potássio a 10%, agitar e guardar em frasco próprio.
Solução de EDTA 0,0125 mol L-1 - pesar 4,653 g do EDTA p.a. previamente seco em estufa e dissolver em água contida em balão de 1 litro, completando o volume.
Indicador negro de eriocromo (eriochrome black) - dissolver 100 mg do indicador em 25 mL de álcool metílico contendo 16 g de bórax por litro. Esta solução deve ser usada recém-preparada devido à facilidade de se deteriorar.
Murexida - pesar 0,5 g do indicador, colocar em gral de porcelana e misturar com 100 g de sulfato de potássio seco em pó, triturando bem. Guardar em vidro escuro.
Solução de KCN ou KOH a 10% - pesar 100 g, colocar em balão aferido de 1 litro contendo água, dissolver completamente e completar o volume.

Equipamento
Bureta digital.

Bibliografia:
Manual de métodos de análise de solos / organizadores, Guilherme Kangussú
Donagema... [et al.]. — Dados eletrônicos. — Rio de Janeiro : Embrapa Solos, 2011.

230 p. - (Documentos / Embrapa Solos, ISSN 1517-2627 ; 132)

sábado, 7 de setembro de 2013

CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS (CTC) E BASES TROCÁVEIS


Princípio

A CTC do solo é definida como sendo a soma total dos cátions que o solo pode reter na superfície coloidal prontamente disponível à assimilação pelas plantas. Estes cátions adsorvidos são removidos por soluções salinas de amônio, cálcio, bário e soluções de ácidos diluídas e posteriormente determinadas por métodos volumétricos, de emissão ou absorção atômica.

Procedimento
Quatro técnicas de extração são descritas sucessivamente.

Método do KCl 1 mol L-1 Extração
· Pesar 7,5 g de solo, colocar em erlenmeyer de 250 mL e adicionar 150 mL de solução de KCl 1 mol L-1.
· Fechar com rolha de borracha e agitar com movimentos circulares, evitando molhar a rolha; repetir essa operação várias vezes ao dia.
· Depois da última agitação, desfazer o montículo que se forma na parte central do fundo do erlenmeyer e deixar em repouso durante uma noite.
· Pipetar para erlenmeyer de 200 mL duas alíquotas de 50,00 mL da parte sobrenadante da solução, para determinação do alumínio extraível, cálcio + magnésio e cálcio trocáveis.

Observação:
Foi preferido um único extrator para cálcio, magnésio e alumínio, a fim de tornar mais verdadeira a relação entre Al+++ e (S + Al+++), uma vez que a soma das bases é, na sua maior parte, composta de Ca++ e Mg++. A pequena solubilidade dos carbonatos alcalino-terrosos no KCl 1 mol L-1, possibilita seu emprego em solos com calcário.

Reagente
Solução de KCl 1 mol L-1 - pesar 74,6 g do sal, previamente seco em estufa, para cada litro de solução a ser preparada.


 Método do HCl 0,05 M

 Extração
· Pesar 10 g de solo, colocar em erlenmeyer de 200 mL e adicionar 100 mL da solução de ácido clorídrico 0,05 mol L-1.
· Fechar com rolha de borracha e agitar com movimentos circulares, evitando molhar a rolha; repetir esta operação várias vezes ao dia.
· Depois da última agitação, desfazer o montículo que se forma na parte central do fundo do erlenmeyer e deixar em repouso durante uma noite.
· Filtrar e, no filtrado, determinar o sódio e o potássio em fotômetro de chama, diretamente ou em alíquotas diluídas conforme os teores de Na+ e K+ existentes na amostra.

Reagente
Solução de HCl 0,05 mol L-1 - preparar por diluição a partir de produtos concentrados de ótima qualidade.


Método do acetato de cálcio a pH 7,0

 Extração
· Pesar 10 g de solo, colocar em erlenmeyer de 200 mL e juntar 150 mL de solução de acetato de cálcio pH 7,0.
· Fechar com rolha de borracha e agitar com movimentos circulares, evitando molhar a rolha; repetir esta operação várias vezes ao dia.
· Depois da última agitação, desfazer o montículo que fica na parte central do fundo do erlenmeyer e deixar em repouso durante uma noite.
· Utilizar o sobrenadante da solução para a determinação da acidez extraível (H++ Al+++).

Reagente
Solução de acetato de cálcio 1mol L-1 a pH 7,0 - pesar 80 g do sal para preparar 1 L de solução, dissolvendo em água. Aferir com o potenciômetro para pH 7,0 a 7,1, empregando ácido acético glacial ou hidróxido de cálcio.


Método do acetato de amônio a pH 7,0 Extração

· Pesar 12,5 g de solo, colocar em erlenmeyer de 250 mL e adicionar 125 mL da solução de acetato de amônio a pH 7,0.
· Fechar com rolha de borracha, agitar com movimentos circulares, evitando molhar a rolha e repetir essa operação várias vezes ao dia.
· Depois da última agitação, desfazer o montículo que se forma na parte central do erlenmeyer e deixar em repouso durante uma noite.
· Pipetar 100 mL do líquido sobrenadante e passar para depósito de plástico com tampa, de onde são tiradas as alíquotas para determinação dos íons trocáveis.

Observação:
O Na+ e o K+ são determinados pelo fotômetro de chama e o Ca++ e Mg++ pelo EDTA ou espectrometria de absorção atômica.

Reagentes
Solução de acetato de amônio 1 mol L-1 pH 7,0 - transferir 116 mL de ácido acético glacial para um bécher de 3 litros contendo aproximadamente 1.600 mL de água. Adicionar 140 mL de hidróxido de amônio concentrado, preferivelmente por meio de funil de haste longa que mergulha na solução, para evitar a evaporação do hidróxido de amônio.
Agitar e adicionar água até próximo dos 2 litros. Levar a solução para um potenciômetro e ajustar, adicionando ácido acético ou hidróxido de amônio, o pH até 7,0. Passar para um balão aferido de 2 litros e completar o volume.



Bibliografia:

EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro, 1979. 271p.
VETTORI, L. Métodos de análise do solo. Rio de Janeiro: Equipe de Pedologia e Fertilidade do Solo, 1969. 34 p. (Boletim Técnico, 7).

BLACK, C. A. (Ed.). Methods of soil analysis. Madison: American Society of Agronomy, 1965. 2 v. (Agronomy, 9).

DANTAS, M. S. de. Determinação dos cátions permutáveis em solos contendo sais solúveis. Recife: Instituto Agronômico do Nordeste, 1961. (IAN. Boletim Técnico, 15).
ESTADOS UNIDOS. Department of Agriculture. Soil Conservation Service. Soil Survey Laboratory Staff. Soil survey laboratory methods manual. Washington, 1992. (USDA. Soil Survey Investigation Report, 42).

JUO, A. S. R.; AYANLAJA, S. A.; OGUNWALE, J. A. An evaluation of cation exchange capacity measurements for soils in the tropics. Communications in Soil Science and Plant Analysis, New York, v. 7, p. 751-61, 1976.

JUO, A.S.R. Selected methods for soil and plant analysis. Ibadan: International Institute of Agriculture, 1978. 52 p. VERDADE, F. C. da. Influência da matériaorgânica na capacidade de troca de cátions do solo. Bragantia, Campinas, v. 15, p. 35-42, 1956.


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Método de determinação da acidez do solo. Um dos mais importantes métodos que determina se o solo está em boas condições para efetuar o plantio direto.

Acidez potencial


Princípio
Extração da acidez dos solos com acetato de cálcio tamponado a pH 7,0 e determinado volumetricamente com solução de NaOH em presença de fenolftaleína como indicador.
Para solos de clima temperado, o método do cloreto de bário com trietanolamina tamponada a pH 8,2 é o mais utilizado.

Procedimento
· Pipetar 100,00 mL da solução sobrenadante obtida com acetato de cálcio (ver item 4.2.3.1) e passar para erlenmeyer de 200 mL (evitar o arraste de partículas de solo).
· Adicionar 5 gotas da solução de fenolftaleína a 3% e titular com a solução de 0,0606 mol L-1 de NaOH até o desenvolvimento da cor rósea persistente.
· Para cada série de amostras utilizar uma prova em branco

Cálculo
H+ + Al+++ (cmolc/kg) = (a - b)
a = mL NaOH da amostra
b = mL NaOH da prova em branco

Observação:
O emprego de NaOH 0,0606 mol L-1 elimina o fator 1,65 usualmente utilizado no cálculo de (H+ + Al+++).

 Reagentes
Indicador fenolftaleína 3% - dissolver 3 g do indicador em álcool
etílico, completando o volume para 100 mL. Solução de hidróxido de sódio 0,0606 mol L-1 - preparar a partir de solução padrão de NaOH através de diluições de ampolas (titrisol ou fixanal), conforme instruções.

Equipamento
Bureta digital.

Bibliografia:
CASTRO, A. F. de; ANASTÁCIO, M. L. A.; BARRETO, W. O. de. Potássio
disponível em horizontes superficiais de alguns solos brasileiros. Pesquisa
Agropecuária Brasileira Série Agronomia, Rio de Janeiro, v. 7, p.75-80,
1972a.

CASTRO, A. F. de; BARRETO, W. de. O.; ANASTACIO, M.L.A Correlação
entre pH e saturação de bases de alguns solos brasileiros. Pesquisa
Agropecuária Brasileira Série Agronomia, Rio de Janeiro, v. 7, p.9-17,
1972b.

EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos

(Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro, 1979. 271p.

sábado, 10 de agosto de 2013

Métodos de análises sem laboratório



Analisando o solo sem laboratório - Aprendendo com a natureza


A natureza nos oferece muitas informações que podem nos ajudar a entender as diversas condições que o solo se apresenta, informações estas que basta unicamente ter sensibilidade, cautela, poder de comparação e observação de como a natureza se modifica ao longo do tempo.
As distâncias dos centros urbanos ou até mesmo a falta do conhecimento técnico impede do agricultor familiar ter acesso a laboratórios de solo. Esta população do campo precisa encontrar alternativas para resolver os problemas para muitas das situações que suas propriedades enfrentam cotidianamente. Muitas experiências foram criadas através de observações permanentes do comportamento da natureza. Nos sistemas permaculturais a paisagem natural deve nos inspirar para criarmos estratégias de sustentabilidade. 
Um bom observador deve prestar atenção aos fatos mais corriqueiros do nosso dia a dia, este deve ser o primeiro comportamento que devemos ter diante do que se vê, e do que queremos entender. Os sistemas vivos são complexos, portanto precisamos perceber o máximo de conexões que podem estar acontecendo em uma única ação da natureza. Esta deve ser a primeira análise a se aprender fazer. Observar, observar, observar... 
A observação pode ser realizada a olho nu ou com algum instrumento, por exemplo, uma lupa pode nos ajudar a ver detalhes que o nosso olho em muitas situações não conseguiria ver. Misturas de substâncias podem também nos indicar muitas informações pertinentes ao que queremos fazer. 
 A natureza tem resposta para tudo, ela já encontrou saídas para todas as necessidades dos seus elementos vivos que compõe cada ecossistema, para cada necessidade vários elementos são dotados de serviços que resolvem facilmente estas demandas. Logo todas as respostas estão na natureza e não nos laboratórios.
Aprender encontrar estas respostas é o que se quer. Muitas soluções detectadas para as necessidades tecnológicas estão sendo encontradas na natureza. A biomimética (imitação da vida) é uma área da ciência que tem por objetivo o estudo das estruturas biológicas e das suas funções, procurando aprender com a natureza (e não sobre ela) e utilizar esse conhecimento em diferentes domínios da ciência, a busca por estas ideias estão em ascensão no mundo atual. 
Uns dos primeiros indicativos de causa e efeito de alguns problemas podem ser entendidos através da observação de vegetais através do seu surgimento e comportamento, vejamos alguns: 


















INDICATIVO DE SOLO ÁCIDO - Normalmente depois das chuvas se formam poças de água. E quando esta poça permanece durante muito tempo com a água turva, sem sedimentação da argila, está demonstrando que o solo é ácido. Se a argila sedimenta o solo não é acido. 








Conhecendo O Ph Do Solo


Criar o indicador de repolho (IR) 

Materiais necessários:

Repolho roxo 
Liquidificador 
Água destilada 
Bacia e peneira 
Pequeno vidro com tampa 
Prato de louça branco 

Encha a metade do copo do liquidificador com folhas de repolho, depois cubra com água destilada, em seguida bata bem e passe o suco de repolho na peneira descartando o bagaço, guarde este suco no vidro, faça um rótulo e guarde no refrigerador. 

Testando a acidez e a alcalinidade do solo 

· Pegue uma amostra de solo que se quer conhecer o ph; 
· Coloque em uma vasilha e coloque o dobro do volume de água destilada e deixe descansar por 2 horas; 
· Recolha parte da água; 
· Coloque um pouco do líquido em um prato de louça branco e coloque duas colheres do IR, e observe depois de alguns minutos se a cor da mistura muda; 
· Resultado- roxo para azul ou verde, indica alcalinidade. Se a cor muda do roxo para o vermelho, indica acidez. 







CONHECENDO A VIDA DO SOLO 

 Um dos grandes desafios é provar para os agricultores da existência benéfica da presença dos microorganismos do solo. Um teste de campo que pode ser feito é utilizar água oxigenada 30 volumes (peróxido de oxigênio). Coloca-se uma porção do solo (metade do copo) que se quer conhecer a intensidade ou não de microorganismos presente naquele solo, depois se coloca uma porção da água oxigenada, e verifica-se o efeito que acontece. No solo onde a presença de vida é grande a reação da mistura é de aumento do volume com a presença de bastante espuma, já em um solo muito pobre quase que não acontece reação alguma. A grande presença de vida no solo demonstra que existe matéria orgânica em decomposição e uma probabilidade deste solo ter bastante fertilidade. 

Primeiro passo
Segundo passo




 




Referência:

http://permaculturapedagogica.blogspot.com.br/2011/12/antonio-roberto-mendes-pereira-natureza.html

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Determinação da Matéria Orgânica do Solo

Olá senhores, segue abaixo o método de determinação de matéria orgânica do solo. Qualquer dúvida entre em contato conosco pela página e/ou grupo do facebook.



Carbono Orgânico ( Matéria Orgânica)

Princípio:

Oxidação da matéria orgânica via úmida com dicromato de potássio em meio sulfúrico, empregando-se como fonte de energia o calor desprendido do ácido sulfúrico e/ou aquecimento. O excesso de dicromato após a oxidação é titulado com solução padrão de sulfato ferroso amoniacal (sal de Mohr).

Procedimento:

• tomar aproximadamente 20 g de solo, triturar em gral e passar em peneira de 80 mesh;

• pesar 0,5 g do solo triturado e colocar em erlenmeyer de 250 mL;

• adicionar 10 mL (pipetados) da solução de dicromato de potássio 0,4 N. Incluir um branco com 10 mL da solução de dicromato de potássio e anotar o volume de sulfato ferroso amoniacal gasto;

• colocar um tubo de ensaio de 25 mm de diâmetro e 250 mm de altura cheio de água na boca
do erlenmeyer, funcionando este como condensador;

• aquecer em placa elétrica até a fervura branda, durante 5 minutos;

• deixar esfriar e juntar 80 mL de água destilada, medida com proveta, 2 mL de ácido ortofosfórico e 3 gotas do indicador difenilamina;

• titular com solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1 N até que a cor azul desapareça,
cedendo lugar à verde;

• anotar o número de mililitros gastos.

Cálculo:

C(g/kg) = (40 – volume gasto) x f x 0,6

f = 40 / volume de sulfato ferroso gasto na prova em branco

A percentagem de matéria orgânica é calculada multiplicando-se o resultado do carbono orgânico
por 1,724. Este fator é utilizado em virtude de se admitir que, na composição média do húmus, o
carbono participa com 58%.

Matéria Orgânica (g/kg) = C(g/kg) x 1,724

Observação: para teores > que 2% de carbono, pipetar quantidades crescentes de dicromato de
potássio: 20,30,40 ou 50 mL até que a coloração da solução permaneça amarela, sem traços de
verde. Proceder à fervura e, após esfriar, diluir a solução de 1:5, ou seja, para volumes de 100. 150.
200 e 250 respectivamente. Pipetar 50 mL, diluir com água e titular com sulfato ferroso; aplicar a
expressão indicada para o cálculo do carbono, uma vez que a alíquota corresponde a 10 mL da
solução de dicromato de potássio.

Para as amostras em que os 50 mL da solução de dicromato de potássio são insuficientes para
oxidar toda a matéria orgânica, usar 0,25 g de solo.

Em caso de solos salinos, adicionar um pitada de sulfato de prata após a adição de dicromato de
potássio.

Reagentes:

Solução de K2Cr2O7, 0,4 N em meio ácido – dissolver 39,22 g de K2Cr2O7 p.a. (previamente seco
em estufa em 130 ºC por uma hora) em 500 mL de água contida em balão aferido de 2L. Juntar uma
mistura já fria de 1000mL de ácido sulfúrico concentrado e 500 mL de água. Agitar bem para
dissolver todo o sal, esfriar e completar o volume do balão com água.

Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1 N – dissolver 40 g Fe (NH4)2 (SO4).6H2O cristalizado, (sal
de Mohr) em 500 mL de água contendo 10 mL de ácido sulfúrico concentrado. Agitar e completar
para 1L.

Difenilamina (indicador) – pesar 1 g de difenilamina e dissolver em 100 mL de ácido sulfúrico
concentrado.

Sulfato de prata (catalisador) – utilizar o sal puro (Ag2SO4)

Ácido ortofosfórico (H3PO4) concentrado (85%) p.a. - usar concentrado.

Equipamentos:

Bureta digital
Agitador magnético


Referências:

Brasil (1949); Donahue (1952); EMBRAPA (1979); Frattini e Kalckman (1967); Jackson (1958);
Schollenberger (1927, 1945); Verdade (1956); Vettori (1969); Walkley (1934, 1946).


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segunda-feira, 15 de julho de 2013

DETERMINAÇÃO DE pH DO SOLO

Olá senhores, segue abaixo um dos métodos científicos mais utilizados para a determinação de pH do solo, bem como, procedimento e materiais necessários para a análise: 
Logo teremos mais postagens, fique ligado!



Análise do pH do Solo (H2O, KCl, CaCl2)

Princípio:
Medição do potencial eletronicamente por meio de eletrodo combinado imerso em suspensão
solo:líquido (H2O, KCl, CaCl2), 1:2,5.

Procedimento:
• colocar 10 mL de solo em copo plástico de 100 mL numerado.
• adicionar 25 mL de líquido (água, KCl 1N ou CaCl2 0,01 M)
• agitar a amostra com bastão de vidro individual e deixar em repouso uma hora.
• agitar cada amostra com bastão de vidro, mergulhar os eletrodos na suspensão
homogeneizada e proceder a leitura do pH.

Reagentes:
• solução de KCl 1N – dissolver 74,5 g de KCl em água e elevar a 1 L.
• solução padrão de CaCl2 M – pesar 174g de CaCl2 2H2O para 1 L de solução. Agitar, deixar
esfriar e completar o volume.
• solução padrão de CaCl2 0,01 M – diluir 10 mL do padrão para cada litro de solução. Medir
a C. E. desta solução, que deve ser da ordem de 2,3mS/cm.
Equipamento:
Potenciômetro com eletrodo combinado.

Observação:
Ligar o potenciômetro 30 minutos antes de começar a ser usado.
Aferir o potenciômetro com as soluções padrão pH 4,00 e pH 7,00.
Trabalhando em série não é necessário lavar os eletrodos entre uma e outra amostra, mas é
indispensável antes e depois de aferir o aparelho com as soluções padrão. Para horizonte sulfúrico
ou material sulfídrico (solo tiomórfico) usar a suspensão, solo:água 1:1.

Referências:
Embrapa (1979); Fassbender (1975); Jackson (1958); Peech (1965); Schofield e Taylor (1955);
Vettori (1969).

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Análise do solo

                                
                       Bom a final você deve-se perguntar o que é Análise do Solo!

  
      
            Essa é uma dúvida muito frenquente. Análise de solo é uma espécie de exame médico feito no solo, a fim de saber quais as suas propriedades físico-químicas, como o Ph, quantidade de matéria orgânica, NPK, etc. A partir da análise de solo é possível saber qual a quantidade de cada nutriente presente em determinada área.
          Com o conhecimento das características do solo fica fácil saber quanto de adubo aplicar e em que lugar, garantindo a uniformidade nutricional do solo.
          A adubação, mesmo sob os resultados da análise, varia de cultura para cultura, pois, cada cultura tem uma axigência nutricional diferente, ou seja, não basta fazer uma análise e jogar o adubo, é preciso conhecer a cultura que será cultivada.
         No fim das contas, se uma análise de solo for bem feita, a calagem e adubação bem incorporadas e o produtor conhecer a cultura que irá cultivar no final ele terá uma colheita de sucesso, alcançando as metas previstas.